quarta-feira, agosto 06, 2008

Ímpar na multidão...

Parece que nada encaixa, que todas as pessoas são chatas, vazias, pobres de espírito e de cérebro.
Sozinha na multidão, na rua, no meu quarto. Teto, parede, solidão.
As pessoas modernas são individualistas, se fingem de hiper sociais, porém são solitárias, sozinhas, carentes.
Relacionamentos efêmeros, sentimentos efêmeros, amizades líquidas, pessoas líquidas, SUBSTITUÍVEIS!
Isso soa tão estranho, tão ruim, solitário.
Não quero, não quero uma vida líquida!
Quero intensidade, durabilidade, divisão. Amor sincero e puro.
Amor de querer dar a vida pelo outro. Será que existe?
Quero as poesias de volta, os papos no portão.
Quero as tardes de quarta-feira, com DVD e pipoca na casa de um amigo.
Quero amigos!
Me vejo sozinha, na solidão do mundo moderno.
Todos tem mais problemas que eu, logo eu não preciso da atenção de ninguém. Sou fria, me basto. Ouço essas coisas e não acredito.
Suplico por calor, amor, beijo na boca.
Atenção! Cuidado e zelo.
Não quero uma vida efêmera, um coração efêmero, pensamentos líquidos.
Vácuo, sinto o vácuo em um lanche de segunda-feira.
Quero a minha tribo, a minha língua, o meu lugar.
Quero descobrir meus dons, o que gosto de fazer.
Viajar, fotos, sorrir, respirar.
Quem sabe mudar. Mudar de nome, cabelo, brilho nos olhos.
Mudar de linguagem, de cor, de sentimentos.
Preciso de uma inspiração, de uma canção, uma rosa.
Preciso de algo que não sei o que... algo maior, além, algo meu!