domingo, dezembro 14, 2008

Ilusões

"Nada é mais fácil do que se iludir, pois todo o homem acredita que aquilo que deseja seja também verdadeiro."(Demóstenes)

Seria tão bom se pudéssemos viver sem nos desiludir. A ilusão nada mais é do que a gente desejar tanto uma coisa e fazê-la verdade parecer. O ruim é quando vem o mar, e leva com ele todo o nosso castelo de areia, sem licença pedir, sem solicitar autorização, sem educação.
Castelo feito com esmero, com dedicação, construído grão por grão com amor e carinho...
O castelo se foi junto com os planos de nele morar. E o segundo andar? Se foi sem nem ter sido construído. Tudo que ficou foram lembranças... lembranças do que poderia ter sido... lembranças de uma vida que poderia acontecer sem intervenções de terceiros... Mas infelizmente, o tatuí que morava no meu castelo, sempre deixava os outros mariscos interferirem no casco que envolvia seu corpo.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

A caixa de memórias

Remexendo aquela caixa, que deixo guardada todas as lembraças da minha vida, desde pequenininha, encontrei boletins escolares, diversos cartões de aniversário, carteirinha do maternal, fotos e mais fotos... Encontrei também cartas de amor. Com juras de amores eternos, de que estariam sempre ao meu lado. Amores esses que amassei e os joguei no lixo há tempos atrás.
Me peguei pensando, o que dera errado, por quê esses amores não vingaram, e se o presente vingará. Ao refletir, vi que eu que joguei todos fora. Eu não dei mais importância. Minhas juras foram efêmeras e muitas... O que fiz com corações apaixonados, dedicados, amáveis? O que fiz com meninos, homens que me prometeram me amar até mesmo se não ficassem para sempre comigo?
Amores puros? Sinceros? Ou quem sabe só algumas paixões que achávamos que era amor?
A vida é louca. Porém os amores eram românticos.... Meigos, únicos...
Amei cada um de uma forma. Cada um foi importante do seu jeito na minha formação quanto pessoa, como menina e como mulher... Cada um marcou de um jeito...
E eu digo, amei, amei sim... Chorei, sorri, amei, amei e amei. Muito e além. Porém, nunca foi o suficiente. Talvez eu não tenha tido a paciência certa. O amor certo. O ciúme dosado...
Ah, a caixa das memórias, me mostra o quanto sou amada, "perfeita", "Deusa"... quantas baboseiras ditas com os olhos e o coração transbordando de paixão.
Talvez o real amor, seja aquele sem muitas promessas, sem muito romance, sem muita devoção... Porém isso faz tanta falta... tanta tanta...
Que futuro teria tido com cada um? O que teria acontecido se eu tivesse sido menos perversa ao acabar com o amor deles? E será que foram sinceros? Será mesmo que fui amada?
Não sei... preciso apenas refletir, olhar o que errei nessas relações e tentar acertar nessa minha atual... nessa na qual sei que amo, vejo que amo.... Mas é necessário tanta paciência para amar, conviver...

É isso... é melhor fechar a caixa agora... não é bom viver de passado.....